terça-feira, 21 de janeiro de 2014

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"No relatório médico, podia-se ler o seguinte: "Seu coração estava aberto em dois como um livro."
Não seria de bom tom comparecer ao funeral. Suas cinzas foram dispersas. Meu luto ficou desencarnado. Dei-lhe uma sepultura efêmera, uma placa de mármore colocada no chão da arena de Sevilha, exatamente no lugar em que ele morreu, no dia 1° de maio de 1992, às dezoito horas e quarenta e cinco minutos, com uma chifrada em pleno coração."



Sophie Calle - Histórias reais